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O Que Roblox e Fortnite Ensinaram a Wall Street sobre Dinheiro Digital


V-Bucks são as moedas do jogo Fortnite

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As fronteiras entre o mundo dos games e a economia real estão desaparecendo. O que antes era uma simples moeda virtual dentro de um jogo, hoje é parte de um sistema financeiro digital em expansão — e as stablecoins estão no centro dessa transformação.

Segundo o Stablecoins & Gaming Report 2025, da Blockchain Game Alliance, essas moedas digitais com valor atrelado a moedas fiduciárias estão substituindo tokens voláteis e instáveis, oferecendo previsibilidade e eficiência às economias virtuais. Em 2024, as três principais stablecoins — USDT, USDC e DAI — movimentaram US$ 1,369 trilhão em apenas 30 dias, superando a média mensal da Visa, e ultrapassaram os US$ 27,6 trilhões ao longo do ano.

“Os jogos sempre foram laboratórios de economias digitais. O que muda agora é que, com as stablecoins, essas economias ganham conexão real, previsível e global”, explica Heloisa Passos, fundadora da Trexx e colaboradora do relatório. “O Brasil já mostra maturidade nesse campo ao tratar as stablecoins como infraestrutura financeira, não ideologia.”

Durante anos, os jogos baseados em blockchain enfrentaram desafios ligados à volatilidade e à especulação. Títulos como Axie Infinity demonstraram o potencial de engajamento, mas também os riscos de modelos dependentes de tokens flutuantes. Agora, a lógica muda: entra em cena o chamado modelo token light, que combina a transparência da blockchain com a estabilidade de moedas lastreadas em dólar ou real.

O relatório mostra que o sucesso de plataformas como Roblox e Fortnite não vem de modismos, mas da estabilidade de suas moedas internas — Robux e V-Bucks. “A verdadeira inovação não está na especulação, mas na previsibilidade. Jogos como Roblox provaram que estabilidade gera confiança e engajamento”, afirma Heloisa.

Esses sistemas estáveis permitem que desenvolvedores planejem receitas, criem novos conteúdos e atraiam talentos, impulsionando um mercado que deve alcançar US$ 182,9 bilhões até 2034.

Infraestrutura e eficiência em escala

A Polygon Labs, um dos maiores ecossistemas Web3 do mundo, destaca que o impacto das stablecoins vai além dos pagamentos. Segundo Sergio Varona, head de Gaming da empresa, elas reduzem custos de processamento a frações de um centavo e aumentam as margens de operação. “Em milhões de microtransações, essas economias se acumulam e se transformam em margem real”, afirma.

Esse ganho operacional transforma as stablecoins em algo mais do que uma moeda — elas funcionam como um verdadeiro sistema operacional financeiro para o setor de jogos, com liquidez global e transparência nativa.

O Brasil como referência

Na América Latina, o relatório destaca o Brasil como protagonista dessa nova fase. Aqui, as stablecoins são usadas não apenas por jogadores, mas também por empresas e criadores que buscam eficiência em pagamentos e acesso dolarizado a produtos financeiros.

A Trexx, plataforma criada por Heloisa Passos, é um exemplo dessa aplicação prática. A empresa opera na interseção entre blockchain, e-sports e finanças digitais, usando stablecoins para automatizar prêmios e monetizações. A ideia é permitir que transações ocorram com a mesma fluidez de um aplicativo tradicional, mas com a rastreabilidade e segurança da Web3.

“Quando a tecnologia desaparece e a experiência prevalece, é aí que acontece a adoção em massa”, diz Heloisa.

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